

Um grupo de entusiastas do Btt, juntos para conhecer os trilhos de Portugal, as gentes e a cultura. Com uma forte componente gastronómica.
Desmontadas as bicicletas e preparada a logística deu-se início ao périplo por terras de Mértola, sem antes as objectivas captarem a tradicional fotografia de grupo, junto ao café mais famoso da aldeia o café Sportinguista, para gáudio de muitos e angústia de outros. Montadas as bicicletas iniciou-se o passeio por estrada de alcatrão até á saída da aldeia de Fernandes, dando-se passado poucas dezenas de metros a incursão por terrenos de tão agrado do nosso grupo – a terra batida.
Agora começámos a desfrutar das paisagens emblemáticas do Alentejo, com a sua diversidade cromática e seus cheiros característicos. O grupo rolava a um ritmo bastante aceitável para a altura da época, com prestações bastante homogéneas denotando uma competitividade assinalável, sendo de destacar a prestação do único elemento feminino do nosso grupo a Helena sempre com um desempenho exemplar. O trajecto desenrolou-se em estradões de macadame compacto com pouca humidade apesar dos anteriores dias chuvosos, sendo praticamente plano, intercalado por algumas subidas de grau de dificuldade baixa/média, propiciando a prática da resistência e da endurance, e permitindo rolar-se a velocidades assinaláveis.
O ponto alto do passeio, aconteceu na passagem pelas extintas Minas de São Domingos, tendo o grupo percorrido parte do trajecto da linha férrea que servia de transporte do minério das minas até ao porto fluvial do Pomarão, onde este era colocado em barcos e transportado para os seus destinos. Todo
o grupo sentia – se pequeno pela grandiosidade e especificidade das paisagens que este local nos proporcionava. Paisagens lunares dignas de qualquer filme de ficção científica.
As Minas de São Domingos foram consideradas no século XIX umas dos mais importantes centros de extracção de cobre da Europa. Hoje as minas estão desactivadas, como de resto acontece desde 1967, contudo, muitas pessoas continuam a visitar esta antiga comunidade industrial. Aqui tudo foi construído e pensado em função desta actividade. Casas, estradas, e a linha de caminhos-de-ferro, atrás referida foi a primeira em Portugal. Podemos verificar que foram construídos enormes bairros mineiros onde nada faltava, nem sequer um campo de futebol, e outros edifícios de apoio.
Após mais uma breve paragem para repor energias, como tanto este grupo gosta de fazer, iniciámos o regresso para a aldeia de Fernandes, sendo que devido a adiantado da hora, e uma vez que o almoço nos esperava, decidiu-se alterar-se o percurso por uma caminho alternativo mais curto, mas que implicava rolar alguns quilómetros em piso de alcatrão.
Deve-se referir que os últimos 10 km do percurso foram de um grau de dificuldade extraordinário, pois tivemos que enfrentar rajadas de vento contra bastante forte, tornando-o bastante penoso. No entanto o almoço que de seguida ira acontecer, serviu de elemento aglutinador de forças para chegar ao nosso destino. Para registo futuro ficam os resultados deste passeio:
DCoelho